Testemunho de Ir. M. Mauritia Margenfeld: “Aqui estou! Quero servir ao Salvador num convento. Quero me tornar uma santa.” Estas palavras foram repetidas por ao longo de sua Vida Religiosa. Ela inspirava confiança em seu ministério de enfermagem e no modo de se achegar às pessoas. Ela tinha dentro de si uma disposição natural para ajudar os outros. A difícil experiência – as longas horas de martírio, as dificuldades, os medos e as consequências da viagem à Sibéria, tudo foi vivido no amor de Cristo. Até o fim ela serviu aqueles que sofriam de febre tifóide e disenteria no campo de concentração. “Uma freira sorrindo ” – assim diziam dela os seus companheiros de exílio. O desejo de santidade escrito por Deus no seu coração foi confirmado pelo testemunho das pessoas que ela conduziu à fé cristã.
Testemunho de Ir. M. Leonis Müller: Irmã M. Leonis era uma pessoa muito vivaz, impulsiva por natureza, que sabia como alcançar os seus objetivos. Rapidamente percebeu que para formar-se é necessário esforço e colaboração com a graça de Deus. Ela trabalhou assiduamente no seu caráter e no uso correto dos seus talentos. Ela dizia: “Gosto da necessidade deste cultivo pessoal, e o Senhor Deus me ajuda incrivelmente nisso”. Ela enfrentou os quase cinco meses de sofrimento com uma fé vibrante e uma profunda força espiritual. Irmã M. Leonis dizia: “Nosso cristianismo deve ter um coração pulsante. É incrível o que nos tornamos e o que somos capazes, se deixarmos tudo nas mãos de Deus”.
Testemunho de Ir. M. Rolanda Abraham: Ir. M. Rolanda era uma mulher corajosa. Destacou-se também pela piedade e bondade, o que demonstrou no seu trabalho como enfermeira junto às crianças, bem como junto aos seus colaboradores e Irmãs. Depois da experiência na colina de Sant’Andrea em Orneta, graças a sua coragem e força de ânimo nas adversidades, permaneceu na cama durante 19 semanas com dores, sem reclamar e murmurar diante de seu destino. Com paciência e confiança em Deus aguardou o encontro final com Ele.
Testemunho de Ir. M. Sabinella Angrick: Ir. M. Sabinella foi educadora terna e maternal, preocupava-se com o bem-estar físico e espiritual das crianças e jovens. Ela compartilhou alegrias e sofrimentos com eles e transmitiu-lhes a fé. Como superiora em Heilsberg (Lidzbark Warmiński), exerceu o seu cargo com humildade e sabedoria. Ela cuidava de suas Irmãs como uma mãe e era uma autoridade para elas. Ao ajudar os outros, ela ouvia repetidamente palavras de gratidão: “Que Deus recompense a sua bondade e amor”. Fiel ao caminho que escolheu, antes de morrer, disse às coIrmãs: “É melhor permitir ser fuzilada do que deixar-se desonrar”.
Testemunho de Ir. M. Adelgard Bönigk e Ir. M. Sekundina Rautenberg: As Irmãs M. Adelgard e M. Sekundina sentiram-se ligadas à população de Rastenburg (Kętrzyn). Ajudando-os, não fizeram diferença entre católicos e protestantes. Quando o Exército Russo entrou em Rastenburg, elas permaneceram fielmente em seu local de serviço, junto com o povo indefeso, diante de brutais acontecimentos. O compromisso de salvar vidas humanas e de dar apoio espiritual, a fim de que a esperança não se extinguisse entre as pessoas, estava profundamente enraizado nestas Irmãs. Apesar do horror e da dor física, permaneceram fiéis aos valores que professavam. Elas foram mortas, amarradas a um carro e arrastadas pelas ruas de Rastenburg.
Testemunho de Ir. M. Aniceta Skibowski: Ir. M. Aniceta tinha uma especial capacidade de falar de Deus, do seu amor e da sua bondade. Ela o fazia com naturalidade e simplicidade. As Irmãs e as pessoas que ela atendia na enfermagem deixam o testemunho de que ela sempre ficava feliz quando podia ajudar alguém. Uniu o sofrimento dos seus semelhantes à paixão de Cristo e experimentando o mistério da sua ressurreição, transmitiu consolação, coragem e esperança a quem cuidava. Ela morreu no refeitório de Heilsberg (Lidzbark Warmiński).
Testemunho de Ir. M. Libéria Domnick: Ir. M. Libéria fez a sua escolha em circunstâncias muito difíceis. Quando o exército soviético entrou em Olsztyn e o último transporte saiu do hospital, ela disse com firmeza: “Vou ficar com os doentes! ”. No meio do caos geral, ela fez uma escolha pela liberdade, e este era o seu nome: livre. O medo não privou a Irmã Libéria deste valor. Ela continuou a querer libertar-se de si mesma e a testemunhar as obras de misericórdia na liberdade de espírito. Ela foi baleada quando ia procurar comida para as crianças famintas e doentes, escondidas no abrigo da estação. Na sua liberdade de partilhar o que tinha, ela partilhou também a sua sepultura: foi colocada numa vala comum.
Testemunho de Ir. M. Gunhild Steffen: Ir. M. Gunhild tinha 19 anos quando entrou no convento. Ela é descrita como uma Irmã amorosa, graciosa e modesta. Amadureceu rapidamente e vemos o fruto da sua confiança em Deus na experiência do martírio em Wormditt (Orneta). Atormentada, espancada várias vezes, durante as 15 semanas seguintes ela se entregou totalmente a Deus sem uma palavra de reclamação. Quantas vezes os erros e as amarguras nos tornam cegas para tudo. É uma grande virtude experimentar grande dor e agonia e confiar conscientemente em Deus.
Testemunho de Ir. M. Gebharda Schröter: Ajudar sem buscar o próprio ganho, rezar pelas intenções dos outros, não focar em si mesma nas situações mais arriscadas: esta atitude descreve. Ir. M. Gebharda. A principal característica de seu caráter era o altruísmo, enraizado em uma profunda fé em Deus. Ir. M. Gebharda era paciente, equilibrada e estava sempre pronta para ajudar. Seu último gesto, dos inúmeros atos de caridade que realizou para com os outros, foi a sua oração ao lado da sua co-Irmã moribunda, no refeitório de Heilsberg (Lidzbark Warmiński), enquanto uma arma lhe era apontada. Ela foi baleada no coração e morreu imediatamente.
Testemunho de Ir. M. Charitina Fahl: Ir. M. Charitina, sendo uma pessoa sensível, sempre defendeu os fracos e a sua dignidade. O caminho da castidade que escolheu, tornou-a interiormente livre, disponível para Deus, para a Igreja, para a humanidade. Exerceu um dos mais altos cargos da Congregação com cuidado e devoção. Quando os soldados soviéticos atacaram as jovens Irmãs, ela as defendeu corajosamente, protegendo-as com o seu próprio corpo. Ela não se deixou abater pelas ameaças, nem retrocedeu diante dos espancamentos dos soldados, dando a vida para defender a dignidade de suas co-Irmãs, como mulheres consagradas.
Testemunho de Ir. M. Christophora Klomfass: Ir. M. Christophora – seu nome significa Portadora de Cristo. Para onde quer que fosse trabalhar, nas pequenas aldeias ou para o grande hospital em Allenstein (Olsztyn), sempre levava o Cristo consigo. Foi seu amor por Jesus que a tornou zelosa no ministério da enfermagem e em outras tarefas diárias. Ela via as necessidades das pessoas e sabia como responder a elas. Ela gostava de cantar e sua alegria e espírito humorístico eram compartilhados com aqueles que estavam ao seu redor. Ir. M. Christophora queria pertencer apenas a Cristo. Nas suas últimas palavras, disse: “Prefiro morrer a entregar-me a eles!”. Num momento de perigo, lutou pela sua dignidade, testemunhando que encontrou o amor mais poderoso que a morte.
Testemunho de Ir. M. Xaveria Rohwedder: Durante a evacuação da população alemã, viajando no vagão para animais, Ir. M. Xaveria foi brutalmente espancada por um soldado soviético, na estação Deutsch-Eylau (Iława). Ela guardou a castidade, rezou e perdoou o seu perseguidor. Faleceu no dia 25 de novembro, quando se celebra a memória de Santa Catarina, padroeira da congregação. Ela suportou seus sofrimentos com paciência e seu corpo foi deixado insepulto em um dos jardins de Schneidemühl (Piła).
Testemunho de Ir. M. Tiburtia Mischke: Ser mãe, na dimensão espiritual, é dar a vida que você carrega dentro de si. É dar a vida na liberdade do coração, sem saber se o amor e a gentileza serão retribuídos. Esta foi a atitude que Ir. M. Tiburtia irradiava. Durante as deportações para a Rússia, enquanto estava nos campos de concentração, ela assumiu a carga de trabalho mais pesada, para aliviar as Irmãs, mesmo sendo a mais velha delas. Ela cuidou das co-Irmãs como uma mãe amorosa e abnegada. Costurava aventais para elas, com tecido de sacos e procurou oportunidades para aliviar seus sofrimentos. Ao se aproximar de sua morte, ela prometeu às Irmãs que, quando estivesse diante do Salvador, intercederia pelo retorno delas do exílio para casa. E ela pediu esta graça para elas.
Testemunho de Ir. M. Bona Pestka: Para Ir. M. Bona ficou claro que, no trabalho diário entre os doentes, não basta saber; comprometimento, empatia e responsabilidade são importantes. É preciso paciência para estar constantemente presente onde as pessoas precisam de nós. Ir. M. Bona confirmou isto ao acolher e aceitar o sofrimento. Tendo sobrevivido a uma grande violência no hospital de Orneta, não difamou, mas confiou na misericórdia de Deus. Depois de sofrer abusos cruéis, com numerosas feridas, esperou pacientemente pelo Senhor, com esperança e alegria, durante oito semanas. Ela viveu seu sofrimento com tranquilidade, confiando que este não seria em vão.
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